O Sistema Cantareira começou o mês de dezembro operando com 20,8% da capacidade, de acordo com levantamento atualizado da Sabesp divulgado nesta semana. O índice representa uma redução em relação ao início de novembro, quando o conjunto de reservatórios registrava 23,4%, evidenciando a diminuição do volume armazenado nos mananciais que abastecem parte significativa da Região Metropolitana de São Paulo.
A retração é atribuída ao regime de chuvas abaixo do esperado ao longo do último mês. Em novembro, foram contabilizados 108,2 milímetros de precipitação, o equivalente a 71,8% da média histórica prevista para o período. O volume registrado não foi suficiente para promover a recuperação dos níveis dos reservatórios.
Entre as represas que integram o sistema, Jaguari/Jacaré e Paiva Castro figuram entre as mais comprometidas, operando com 18,9% e 21,7% da capacidade, respectivamente. A represa de Cachoeira apresenta situação um pouco mais favorável, com 39,7%, enquanto Atibainha contabiliza 24,6% do volume útil.
O melhor desempenho entre os reservatórios do conjunto é registrado pela Represa Jaguari, localizada entre Piracaia e Bragança Paulista, que opera atualmente com 43,3% da capacidade. Ainda assim, o patamar é considerado distante de um nível confortável para o início da temporada de chuvas.
Os índices reforçam a necessidade de monitoramento constante das condições hídricas, sobretudo diante da tendência de chuvas irregulares nas bacias que alimentam o Cantareira. A situação mantém atenção redobrada sobre o abastecimento das cidades atendidas pelo sistema ao longo dos próximos meses.
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