Professor de Araçatuba tem conta usada em golpe após pai receber ligação de falso advogado

 

Foto: Ilustrativa

Araçatuba (SP) — Um professor de 48 anos teve R$ 3.500 retirados de sua conta bancária após o pai receber ligações de um falso advogado na tarde desta quarta-feira (10). A fraude envolveu uso de celular, link enviado pela internet e transferência via PIX, deixando a conta da vítima no limite do cheque especial. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Araçatuba.

O boletim foi apresentado pelo pai do professor, um aposentado de 71 anos. Ele relatou que mantém uma ação judicial contra uma empresa de telefonia e, nesta quarta-feira, recebeu ligação de um homem que se identificou como advogado responsável pelo processo. O golpista usou o nome de um escritório de advocacia e telefonou de um número com DDD 14.

Segundo o relato, o interlocutor afirmou que o valor do processo teria sido liberado e pediu os dados da conta do Banco do Brasil para realizar o depósito. Após perceber que sua conta estava sem saldo, o falso advogado solicitou outra conta para concluir o suposto procedimento. Com autorização do filho, o idoso forneceu os dados da conta em nome do professor.

O golpista informou que seria depositado um valor de R$ 5.000 referente a um acordo com a operadora e que outra pessoa entraria em contato para finalizar a operação. Minutos depois, o aposentado recebeu nova ligação do mesmo número, desta vez de um homem que se apresentou como “Gabriel”.

Esse segundo interlocutor enviou um link para preenchimento de informações. Ao acessar o endereço, foi realizada uma transferência via PIX de R$ 3.500, que saiu da conta do professor. O idoso questionou o débito e ouviu que a movimentação faria parte de um “mecanismo de acerto da ação” e que o valor estaria temporariamente em uma “conta protegida”.

A conta do professor possui limite de cheque especial no mesmo valor da transferência, o que fez com que ficasse negativa após o débito, já que havia apenas pequena quantia disponível. A operação partiu de uma conta do Banco do Brasil, agência 0179-1, e teve como destinatária uma empresa do ramo de gás registrada com CNPJ.

Ao perceber o golpe, o aposentado procurou a Polícia Civil e registrou a ocorrência. O caso foi classificado como estelionato consumado, previsto no artigo 171 do Código Penal, praticado por meio de ligação telefônica e uso de internet.

A autoria ainda é desconhecida. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a origem das ligações, a titularidade da conta que recebeu o PIX e a conduta do responsável pela fraude. A vítima foi orientada sobre os procedimentos cabíveis junto ao banco e nas esferas administrativa e judicial.

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