Cinco pessoas foram presas nesta quinta-feira (4) durante a “Operação Easter Egg”, deflagrada pela Polícia Civil por meio da DIG/Deic de Araçatuba, contra um grupo suspeito de integrar uma organização criminosa especializada em estelionatos e desvios de cargas de alto valor econômico. A ação cumpriu mandados em diferentes pontos da capital paulista e nos municípios de Guarulhos e Arujá, na Grande São Paulo.
De acordo com as investigações, a organização atuava em diversos municípios do Estado e teria como uma das vítimas uma empresa do setor alimentício instalada na região de Araçatuba. O esquema consistia em fraudes aplicadas contra transportadoras e empresas contratantes para desviar mercadorias de grande valor.
A apuração começou após o registro de um boletim de ocorrência em Guararapes, relacionado ao desvio de uma carga pertencente a uma empresa local. Ao aprofundar as diligências, a polícia identificou ao menos sete ocorrências com características semelhantes, todas ligadas ao mesmo grupo criminoso.
Em novembro, equipes da 1ª DIG/Deic de Araçatuba conseguiram impedir a execução de uma das fraudes na cidade de São Paulo. Na ocasião, a quadrilha tentava desviar uma carga de fraldas avaliada em mais de R$ 200 mil, que acabou sendo recuperada e devolvida à distribuidora responsável.
O inquérito policial aponta que os investigados utilizavam identidades falsas, empresas de fachada e documentação empresarial manipulada para simular negociações legítimas. Com os dados adulterados, conseguiam retirar as mercadorias das transportadoras e ocultá-las para posterior distribuição de forma clandestina.
Durante o cumprimento dos mandados de busca, os policiais apreenderam 13 celulares, três notebooks, documentos diversos e um cartão SIM, que serão encaminhados ao Instituto de Criminalística para análise pericial. Também foram recolhidas duas máquinas do tipo “Frozen”, usadas na fabricação de bebidas geladas, cremes frios, açaí e sorvete expresso. Os equipamentos estariam ligados a outra carga desviada pelo grupo.
Os cinco suspeitos presos foram encaminhados à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na capital, onde permaneceram à disposição da Justiça para formalização das prisões. As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil não descarta novos desdobramentos após a conclusão da perícia no material apreendido.
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