Buscas em poço de 30 metros mobilizam Bombeiros em Bauru em investigação por latrocínio

 

Foto: Divulgação

Equipes do Corpo de Bombeiros atuam na manhã desta terça-feira (30) em uma área rural do bairro Rio Verde, em Bauru, no interior de São Paulo, na tentativa de localizar o corpo de Dagmar Grimm Streger, de 76 anos. O desaparecimento da idosa é investigado pela Polícia Civil como latrocínio, roubo seguido de morte, com apuração paralela por possível ocultação de cadáver.

Os trabalhos se concentram em um poço desativado, com cerca de 30 metros de profundidade, localizado entre a casa onde a vítima vivia sozinha e a residência ocupada por um casal de caseiros, atualmente preso. Equipamentos cedidos pela Prefeitura de Bauru estão sendo usados para apoiar as buscas no local.

De acordo com a investigação, os suspeitos teriam indicado de forma informal que o corpo de Dagmar, conhecida como “Dona Dagmar”, teria sido descartado no poço. No entanto, durante o interrogatório oficial, ambos optaram por permanecer em silêncio.

Segundo o delegado Alexandre Protopsaltis, responsável pelo caso, máquinas foram mobilizadas para escavações no entorno da estrutura. A área também passou por varredura com drone, utilizada para identificar alterações no terreno que pudessem indicar o local onde a vítima foi deixada. As buscas seguem sem confirmação da localização do corpo até o momento.

As diligências apontaram ainda o desaparecimento do veículo da idosa, uma Fiat Strada, logo após o sumiço. A Polícia Civil apurou que o casal deixou a propriedade de forma repentina. O carro foi encontrado posteriormente em Tatuí, onde teria sido trocado por uma caminhonete S10. Em seguida, houve nova negociação, desta vez por um GM Astra.

Os investigados foram presos em 24 de dezembro, na cidade de Salto do Itararé, no Paraná, durante uma tentativa de realizar outra troca do veículo. Ambos permanecem à disposição da Justiça.

Dagmar Grimm Streger morava sozinha no sítio. Um casal residia em outra casa da mesma propriedade. Amigos relataram à polícia que a idosa enfrentava desentendimentos frequentes com os caseiros e levantaram suspeitas de possíveis extorsões antes do desaparecimento.

A Polícia Civil mantém as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime, confirmar a localização do corpo e concluir a apuração das responsabilidades.