Trem com carga de celulose pega fogo em Cubatão; equipes atuam há mais de oito horas no combate

 

Foto: Divulgação

Um trem carregado com celulose pegou fogo na linha férrea de Cubatão, na Baixada Santista, na noite de quarta-feira (26). De acordo com o Corpo de Bombeiros, 13 vagões foram atingidos e as equipes seguem mobilizadas há mais de oito horas para conter as chamas, que se espalharam rapidamente por causa da carga inflamável. Ninguém ficou ferido.

Segundo a Rumo Logística, concessionária responsável pelo trecho, o incêndio teve início por volta das 23h e foi provocado por atos de vandalismo. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 00h10 desta quinta-feira (27) para atender a ocorrência na altura da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, importante ligação entre Cubatão e o litoral paulista.

A carga de celulose, usada na fabricação de papel e tecidos, foi retirada dos vagões pelas equipes como parte do trabalho de resfriamento, na tentativa de reduzir o avanço das chamas. Mesmo após a remoção do material, o fogo seguiu ativo. Bombeiros continuam atuando na linha férrea com apoio de agentes da Rumo, que disponibilizaram caminhões com água e uma retroescavadeira para auxiliar nos trabalhos.

Série de ataques

O incêndio ocorre em meio a uma sequência de ocorrências semelhantes na região. No início de novembro, um vagão com a mesma carga pegou fogo em São Vicente, no trecho próximo ao bairro Vale Novo. Um mês antes, em outubro, a linha férrea foi alvo de cinco ataques em um intervalo de três dias, afetando o corredor ferroviário que abastece o Porto de Santos.

Em nota, a Rumo afirmou que as ações registradas na Baixada Santista reforçam “o cenário crítico de insegurança pública no trecho entre São Vicente e Cubatão”. A empresa informou que tem registrado boletins de ocorrência, isolado áreas afetadas e adotado medidas emergenciais para reduzir riscos às comunidades vizinhas à ferrovia.

A concessionária também orientou moradores a repassarem informações sobre ataques por meio dos canais oficiais de denúncia: 190, 181 e 0800 701 2255, todos com opção de anonimato. Segundo a empresa, há cooperação constante com órgãos de segurança em ações preventivas e repressivas voltadas à identificação e responsabilização dos envolvidos.

Até a publicação desta reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não havia se manifestado sobre o caso.

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