Entraram em vigor neste domingo (23) as novas regras que reforçam o sistema de devolução do Pix para vítimas de golpes. As mudanças atualizam o Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada pelo Banco Central para permitir o retorno de valores transferidos de forma indevida.
Até então, a devolução só podia ser feita a partir da conta usada pelo golpista na primeira etapa da transação. Como criminosos costumam retirar o dinheiro rapidamente após o golpe, a recuperação dos valores se tornava limitada. Com a atualização, o MED passa a rastrear todo o trajeto percorrido pelo recurso, identificando contas intermediárias utilizadas depois da fraude.
Essas informações serão compartilhadas entre os bancos e demais instituições financeiras envolvidas, o que pode viabilizar a devolução em até 11 dias após a contestação registrada pelo usuário. De acordo com o Banco Central, a mudança deve ampliar a taxa de recuperação e dificultar o uso de contas movimentadas por grupos especializados em fraudes.
Outra alteração já em vigor desde o mês passado obriga as instituições a disponibilizar, dentro do próprio ambiente do Pix, uma opção de contestação automática. Com isso, a vítima pode registrar a reclamação diretamente no aplicativo, sem necessidade de contato com atendentes, aumentando as chances de o dinheiro ainda estar disponível no sistema.
O novo modelo do MED está disponível de forma facultativa neste primeiro momento. A adoção será obrigatória para todas as instituições financeiras a partir de 2 de fevereiro de 2026.
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